quarta-feira, 11 de julho de 2012

Se não tiver opções,
use os dedos.
De pijama.
Na sala.
Descabelada.

Voltei

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ele veio como um tufão. Menininha sem graça, sem jeito, parecia assim, parecia ser assim depois de vê-lo. Era muitos em um só e se fazia de dia de domingo, roubava suas energias, deixava-a cansada sem nem ter feito nada.
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Ele era (...)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Outras artes:
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Mas mesmo assim ainda insistindo nessa coisa de escrever...

quinta-feira, 31 de março de 2011


"Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar. Chorei porque daqui em diante chorarei menos. Chorei porque perdi a minha dor e ainda não estou acostumada com a ausência dela."

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Anais Nin

terça-feira, 22 de março de 2011

Era aquele o momento que tanto esperava.
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-Ah! como a garota cresceu!
-Ah! que felicidade!
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Finalmente ela descobrira o mais íntimo dos segredos. Abrira os olhos e vira toda a realidade-sonho acontecendo.
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Mas ela sempre queria mais
...
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mais

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Esquizofrenia.

Não era pra ser tão real. Não eram pra ser as projeções tão perfeitas. Mas ela sempre acabava se misturando naquela irrealidade vadia. Um-dois-três, Um-dois-três. E mesmo assim não se achava. Era realidade dentro de sonho ou sonho dentro de realidade. E o ser realmente não o era, ou era? E ela construía, modificava, destruía, jogava fora coisas que sequer existiam. Nada fazia sentido pra quem não entrava em seu mundo. Eles, em suas realidades, a observavam. Ela, criava assassinos, debochadores, palhaços e reis. E o que era real? E o limite entre o que era real e imaginário? Uma rosa que ela apanhava, o espinho que furava seu dedo. O cigarro que acendia todas as manhãs. A transa da noite passada. A filha que nunca mais voltou. Ela dentro dela, outrora, ela fora dela. O mundo dentro de apenas uma cabeça. Comprimidos. Alucinação.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

,reconstruir vida virtual.





quem sabe?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

"Saber desistir. Abandonar ou não abandonar - esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça alguma coisa? como, digamos, o próprio fim do mundo? ou seja lá o que for, como a minha morte súbita, hipótese que tornaria supérflua a minha desistência?"

Clarice Lispector in Um sopro de vida.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E dessa vez foi embora, de verdade mesmo. Fechei a porta do carro, não olhei pra trás e entrei em casa. Passaram-se três dias já. Hoje quase nem chorei. Estou sendo quase forte. Mulher. Aí vem vontade de cortar o cabelo, mas melhor dessa vez seria pintar. Diferenças. Eram tão poucas, mas tão cheias. Aconteceu rápido, muitos anos mas foi rápido. Arrumar o guarda roupa, escrever alguma bobagem. E o pior é que era tão interessante e vem o medo de não achar de novo. Esperar na janela, procurar pra ver se encontra por aí, por acaso. Mas passa. Tudo passa e eu fico bem.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pensei que o doce realmente fosse doce, mas foi um sabor meio amargo, meio nada, quase sem gosto, outrora com gosto demais, firme. Eram tardes, poucas noites. Muitos risos com cerveja, muitas falas. Mas ao telefone lágrimas e pessoalmente, lágrimas. Mais choro do que tudo. Esperava mais, um pouco menos. Talvez foram mais demais. Muitas linhas grudadas, enroladas, embaraçadas. Embaraçoso. Aí cansei de escrever sobre Marias e Anas. Escrevi sobre mim, sem pseudônimos, sem facetas, sem. Palavras, palavras, letradas. Tudo no papel pra não se perder e não cansar muito os ouvidos. Pra não embebedar também, em excesso, a voz - um pouco rouca, um pouco com dor de cabeça e cansada demais pra falar. Só que quase não falava, quase sempre nunca falou. Achava pesado demais falar, aquele ar saindo das cordas vocais, vocal, estranho ao corpo. Mas com ele era diferente, gostava bastante. E sempre achava as coisas complicadas. E quando descomplicava, complicava de novo. Talvez era só pra me ver falar, e aí eu arranjava forças e gritava. Alto, grave. Profundo. Mas me enfastiei e aceitei. Mulher sem nada, só mulher. Mulher só.