quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009












Tudo é tão simples que cabe num cartão postal
E se a história é de amor
Não pode acabar mal
O adeus traz a esperança escondida
Pra que sofrer com despedida?
Se só vai quem chegou
E quem vem vai, vai partir
Você sofre, se lamenta
Depois vai dormir
Sabe
(Cazuza - Cartão Postal)




Despedida

Agora fumo tuas guimbas de cigarro jogadas no chão do banheiro.
Ouço tua voz cantada em cantos escuros,
Tua voz gravada numa fita velha.
Respiro a lembrança do teu cheiro, teu suor.
Acaricio teu travesseiro como outrora fizeste.
Suave como o vento da madrugada,
Suave como aquela palavra rabiscada,
Suave como um grito de socorro, a saudade.
Tuas ruas silenciam a falta do sentir, intrigantes.
Flores, sangue e remédios fazem da tua face a mais viril segurança.
Pétala por pétala.
Meu copo está vazio, teu corpo está vazio.
Faço dos meus olhos o convite de qualquer acaso.
Faço do meu orgasmo a procura para outro romance.
Mãos fascinam-se ao não encontrarem nada.
Não acredito mais nas verdades inventadas cuspidas dos teus lábios.
Assim, faz-se da tua partida a mais completa insignificância...
Outro adeus e meu último pedido:
- Não chame por meu nome.

(Bianca Azenha)

6 comentários:

Jaquelyne Costa disse...

Tem dois presentinhos pra você lá no Jaque Sou!!
Passa lá!!!

Beijos=**

Maria disse...

"E se a história é de amor não pode acabar mal". Sabe, eu concordo...

Acredite nas SUAS verdades. Haverá de ser mais digno assim.

Meu beijo

Abraão Vitoriano disse...

não há nada como Bianca pra nos levar a reflexão sobre o amor... ela nos fere, e ao mesmo tempo consola e ensina... mil beijos flor!

. disse...

Ah esse amor,tema em quase tudo que se vê de mais belo.
Lindo poema.
Beijos

Jaquelyne Costa disse...

Querida, mais um selo pra ti!!
Com carinho!!!

Beijos=*

Deni disse...

lind texto

ó...
parabens pelo blog

e tá convidad a retornar lá..jah q atualizei ele
\o/

www.bagageirodocurioso.spaceblog.com.br

abraço e ótima kinta!