quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Esquizofrenia.

Não era pra ser tão real. Não eram pra ser as projeções tão perfeitas. Mas ela sempre acabava se misturando naquela irrealidade vadia. Um-dois-três, Um-dois-três. E mesmo assim não se achava. Era realidade dentro de sonho ou sonho dentro de realidade. E o ser realmente não o era, ou era? E ela construía, modificava, destruía, jogava fora coisas que sequer existiam. Nada fazia sentido pra quem não entrava em seu mundo. Eles, em suas realidades, a observavam. Ela, criava assassinos, debochadores, palhaços e reis. E o que era real? E o limite entre o que era real e imaginário? Uma rosa que ela apanhava, o espinho que furava seu dedo. O cigarro que acendia todas as manhãs. A transa da noite passada. A filha que nunca mais voltou. Ela dentro dela, outrora, ela fora dela. O mundo dentro de apenas uma cabeça. Comprimidos. Alucinação.

2 comentários:

Abraão Vitoriano disse...

retornar à tua casa
é ser condecorado
com aromas florais

beijos,
do menino-homem

saudades!

fique com Deus!

my sweet days disse...

puxa vida! Num golpe de sorte acabei de encontrar o seu blog.Esse texto é seu mesmo? me identifico bastante , eu tenho esquizofrenia, descobri a um ano, e essa sensação de irrealidade-realidade realmente me persegue, jÀ cheguei a ficar totalmente submersa na fantasia e deixei de viver socialmente por anos.Agora estou novamente passando por isso decidi criar um blog pessoal para conversar comigo mesma e com os transeuntes leitores.Te convido a dar uma passadinha lá.Carinho e o endereço do blog é http://sdmary.blogspot.com/
Não repara a fata de jeito não, viu?.Eu tô começando agora.