quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Madrugada

Deixou-me com seus livros,
E suas memórias transam meu sexo.
Pó,
Restou pó.
Uma cabeça demente, um luar pálido...
Sem cálices,
Sem som,
Meu silêncio...
Pontos finais,
Ridículos, nefastos, embriagantes,
Meus companheiros.
Apaziguada por uma dor que,
Também insiste em ir embora.

Nenhuma lágrima.

Apenas um adeus sem graça,
Sem beijos,
Sem noites,
Sem nada...
(Bianca Azenha)