CHOCOLATE
Como as velhas na rua,
sentava.
E o relógio e o sino,
encontro de percepções ilusórias.
O vácuo lhe difamava,
a entrada úmida descoberta,
forjada pelo desconhecido,
cortada pelo vento embriagado.
Mas a fumaça já curta
e fria,
e sonolenta, nada lamentavam.
Que sonho.
Que sonho.
Que sonho.
Faziam-se as danças nos céus.
Os deuses, as frutas proibidas.
Seus olhares iluminados
deixavam vestígios de uma noite infinda.
A garota de olhos negros,
O cão de olhos negros.
Na rua,
na esquina,
em qualquer lugar.
O senhor brincava de estrelas no chão,
os santos nus despudorados.
O padeiro, a viagem, a virgem, a viga.
Crianças brincando, a vila, a quadra, a bala.
Acordavam a memória de aluguel.
Neurônios.
Que sonho.
Que sono.
Que sono.
BIANCA AZENHA
Um comentário:
minha menina-lustre,
como é bom sempre te imaginar...
saudades múltiplas de você!
super beijo,
carinho.
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