sexta-feira, 25 de junho de 2010

Entreguei pra ele um texto muito bonito. Uma carta cheia de palavras difíceis falando de amor. Fiz de conta ser Florbela Espanca e lhe escrevi uma série de poemas tristes e esplêndidos. A ponta do lápis até acabou. Escrevi e não precisei nem de borracha. Tudo tão lindo, só faltava casamento, ainda era namoro. Até procurei uma flor pra colocar no meio da carta e não poderia faltar também um pouquinho do meu perfume no papel. Fiz como nos filmes de romance romântico. Passei batom nos lábio e depois tirei o excesso com um pedaço de papel higiênico. Saí por aí, andando, até encontrar meu bem. Quando o achei beijei-lhe a ponta do nariz e o canto do olho, achei tão bonita essa cena quando a vi pela primeira vez. E ele também tinha uma carta, entregou primeiro. Que pena! Que pena! Não era uma carta de amor, não era sequer perfumada. Dizia que tudo foi muito bom só que já passou, infelizmente tinha acabado. Mas pra mim não é assim. Continuava apaixonada. Decidi partir pros filmes de Fellini, viajei esquinas à fora, flertei até comigo, e em menos de duas horas fiz o que queria fazer, achei meu amor, entreguei a carta e depois fui dormir e viver mais belos sonhos...

3 comentários:

. disse...

uau..gostei!!
beijos

MP disse...

Bianca,

parabens pelos belos textos. Continue assim, fazendo a gente sonhar junto com vc.

Bjos do Marcio (Popó)

www.popoesias.blogspot.com

PS: nossa, temos o mesmo layout do blog...

Abraão Vitoriano disse...

lustre e menina,

Estou cá pra te convidar para a blogagem coletiva: “Tempos de criança”, em virtude do aniversário de dois anos do meu blog. A intenção é narrar livremente imagens, memórias e impressões da infância, e no quanto isso foi importante para sua vida. Pode ser em poema ou prosa, como preferir...
Quero comemorar em grande estilo com a participação de todos no dia 16 de Julho (sexta-feira) a partir das 9h00 da manhã. Muito obrigado, e espero sua confirmação até quinta para expor na minha página os endereços dos respectivos blogs integrantes.

Abraços e beijos,
Do menino-homem