Um ex-presidiário que vendia balas.
A mulher de cabelos encaspados sentava-se no espaço vazio,
Segurava um guri encardido e com fome.
Ouvia-se ao fundo:
-Alguém, por favor, uma moeda...
Duas garotas retiravam os saltos,
Eram pés calejados, sinais de gozos em suas blusas,
Os batons já sem cor e perfumes baratos,
Trabalhos...
Uma garotinha mascava chicles,
Olhava de um lado para o outro
Com olhos apertados por causa do Sol,
Observava a rua:
Mendigos deitados em cada esquina,
Outros conversavam com prostitutas ou bebiam qualquer coisa.
Os velhos
-para não saírem do cotidiano-
Gastavam mais ainda as cartas daquele baralho,
Jogavam.
-Próxima
-Próxima
.
.
.
.
.
Chegava-se ao ponto final,
O cobrador como sempre descia,
O motorista como sempre descia.
E o dinheiro das passagens guardava o suor de cada mão.
(Bianca Azenha)
5 comentários:
bom dia..
parabéns pelo blogger..
quando der visite o meu. .
deixe recados..
Bianca, vim porque tive um chamado.
Teu blog é deliciosamente diferente!!
Aqui, virei muito mais vezes!
Até a próxima!
Obrigada gente, fico muito feliz por terem gostado do blog! Beijooos
Paisagem da janela lateral de um ônibus circular...
Muito boa a idéia.
você vai me enlouquercer né?!
brilhante!
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