segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


Sinto a fome de algum olhar.
Sofro o dia infindo perfurar meu crânio.
Percorro o caminho desvairada, ausente de pudor.
Ouço um rock desconcertante aos ouvidos.
Da minha carência vejo-me vulnerável.
Sonhos despidos por quimeras inocentes.
E a exalar um odor inconfundível,
Tenho-te as mais ternas saudades.
Fome
De desejos vãos,
De insônias perdidas.
No prelúdio incessante de vidas que se cruzam
Observo meu sangue percorrendo vias escuras.
Espero como tosca outra Lua.
A embriaguez me alimenta.
Minhas vertigens são vomitadas pelo martírio nulo.
Mostro-te então minha nudez infame.
Sonhamos àquele momento...
E o mundo e cadeiras e papéis derretem,
São sugados pelo meu ardor de ilusão.
Outrem dormia
Eu, nefasta.


Bianca Azenha
04/05/2008

4 comentários:

Flavia disse...

Adorei o blog.
Vou voltar + vezes. Com certeza.

Lari Reis disse...

Adorei.
não me encontrei em suas palavras, dessa vez não. Mas já estive vagando por ai e sei que estarei de novo. Um dia eu soube escrever dessa forma, não sei mais. Perdi o dom!

Bianca Azenha disse...

Ah Lari, eu também não me identifiquei dessa vez, apesar de ser de minha autoria. Foi só uma coisa que escrevi faz uns meses, mas agora perdeu-se o sentido, ou então as palavras...ah sei lá!! Mas dom não se perde não!

BejO!

Marcelle Lins disse...

Oii.. eu aki denovoo !!

Não tive identificação direta, mas endendi oq vc quis passar nesses versos.
E, olha, que sensibilidade..

Poesia MARAAAA!!

Beijão